quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A anulação obrigatória do universo

 Aquele encontro pontual com a sepultura
já te está a ti marcado de antemão
nas macilentas palmas desta tua mão
em cujos abismos teu féretro figura:

Símbolo e anunciação daquela desventura
- Inevitável! Berra o quiromante: - Não
há ardil que te poupe e anule este tufão,
que é o fim do universo, a inelutável tortura.

O maior dos sofrimentos é um mal venéreo,
e não há sábio nem ciência que alivie
o obrigatório itinerário ao necrotério.

O asqueroso sepulcro que então ali vi
é tua participação no cemitério
- é a conseqüência do pecado sem álibi.

Giuseppe Varaschin

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