As estrelas podem ser luzes de janelas
e o que delas vemos de cá
é a imagem decomposta em fragmentos
de uma sala muito espaçosa e transcendente
em que senta confortabilissimamente
a Santíssima Trindade.
Podem, ademais, ser fendas corrompidas
por nossa vontade que treme quase perenemente, perplexa por vê-las
tremendo perplexas e quase perenemente
- como um desejo de não explodir ainda
para que tudo se iluda diante de sua
falsificação de fragilidade.
Assisto o futuro apocalipse como quem olha um espelho.
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