Quero
que o sol crie corpo e cresça tanto
Que possa alguém, se
desejar, tocá-lo,
E
fique perto deste céu ao ponto
De
engolir o canto do ultimo galo.
Peço
a lua que desabe ao chão em pranto
E
que na queda gere um grande abalo,
Que
escutem seu lamento e o desencanto
De
quem gira o mundo só a contemplá-lo.
É
que um dia, num capricho irrelevante,
Um
deus, destes que vem por graça ao mundo,
Deu
ritmo aos papéis destes dois astros.
Já
é hora de qualquer outro tratante
Dar
a forma, o andamento e um novo fundo
Ao
tempo, ao sol, a lua e aos nossos passos.
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