terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Andarilha



Perdi minha identidade,
Não sirvo à pátria,
Acendo uma vela para Deus, e um cigarro para o Diabo.

Vivo com as malas nas mãos,
Vejo anarquistas em todas as partes.
Viro a esquina rumando entre as cidades.

Não volto mais,
Sou filha do mundo,
Não tenho mais dó nem piedade.

No meio das latas e da fumaça,
No meio do purgatório diante do inferno....
Não temo mais o meu desejo.

Sem olhar para trás,
Eu sigo feliz
Até o penhasco.

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