O homem douto, e por razão sensato,
Hora ou outra entende e crê de forma verve
Que o trabalho não é mais que um peso ingrato
E o tempo é parco e a vida sempre breve.
O labor então enfim se rende ao fato,
Ao mais notório da existência breve:
Não há tempo que nos faça satisfeito
Dos desfrutes que a existência teve.
Certo que se arrependa quem trabalha
E vê passar as horas de soslaio
Já que tudo finda a nos valer ligeiro.
Entende o quão no mundo foi canalha,
E se percebe menos que o lacaio
No encontro eterno com o derradeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário