quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Se perguntavam, ela dizia estar tudo bem e abria um grande sorriso amarelo. E, o pior de tudo, muitos criam neste sorriso amarelo. Por dentro, ela sofria, quieta, sem amor. Sua vida afetiva era um tanto quanto sazonal: No verão, era quente, abria-se para o amor e apaixonava-se uma, duas vezes e quantas mais lhe fossem convenientes. Então, vinha outono, que trazia consigo mil desilusões e um ar de frieza ao coração. Chega o inverno, a pior de todas as estações do ano, fria, gelada, fazendo com que ela se feche em copas. Tinha algumas paqueras, porém, não se deixava envolver por ninguém. A primavera vinha e o sol começava a surgir. Ela, então, começava a se entregar e a ver que não é tão ruim estar nos braços de alguém. Enfim, chega a época mais esperada do ano: o verão! Ah, o verão...

Ana Valente 

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