quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Paz

O céu estava tão azul e limpo naquela manhã, não havia nuvens e o sol brilhava pacificamente perto do horizonte.
Eu tinha acabado de acordar – entendam, eu mal abrira os olhos e a vastidão azul já se estendia acima de mim, dando as boas-vindas! E o meu corpo estava tão leve. Tão leve!
Estava deitado num pano doce que refletia o azul, ele ondulava com o meu peso e ondulava consigo próprio; ele me levava, para cima e para baixo, para os lados, para onde ele quisesse me levar.
Era bom. Era tão bom. Fechei os olhos e deixei a água me guiar. A sensação em minha pele pareceu se intensificar só com aquele simples ato. Nada importava, apenas o movimento, como se o oceano quisesse me ninar.
E assim eu adormeci. Mesmo em sonho, o céu não me abandonava. “Era bom e continuou sendo”.
Foi desse modo que a minha tarde passou. Tranquilidade e paz em meus pensamentos. Tranquilidade e paz… mesmo após a noite aparecer e entristecer o azul, o escurecendo, e eu acordar do sonho, de volta ao meu mundo cinza. A paz reinava em mim.


Rene Amaral Rebelo

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